Muitos estímulos acabam moldando nosso comportamento diante do mundo, inclusive a forma como vemos nosso próprio EU. Constantemente somos atacados pela mídia e por profissionais ditando regras, padrões de beleza, formas de pronúncia “corretas”, tratamentos medicamentosos, formas de se vestir que seriam “adequadas”. Frequentemente estão surgindo perfis nas redes sociais em que as pessoas exibem novos medicamentos, espalham seu jeito de ser, seus corpos, sua forma de falar e de se vestir. O grande problema é acharmos que estamos agindo errado ou tantos estímulos atuarem modificanco a forma como nos vemos, fazendo-nos achar que somos “diferentes” ou “estranhos”.
Homens e mulheres são vítimas, mas as mulheres são as principais vítimas de uma lógica industrial e opressora, que vende medicações e métodos milagrosos para emagrecer, cirurgias, procedimentos, hormônios e injeções – quase sempre desenvolvidos ou defendidos por figuras masculinas. Não nos contentamos com o nosso corpo. Queremos e podemos comprar novas formas, novas partes, ou mesmo retirar partes estranhas ou defeituosas para os “padrões” impostos pela sociedade de consumo.
Num mundo em que recentementemente as mulheres estão iniciando um processo de desconstrução, de libertação e de igualdade, elas são jogadas de volta numa escravidão emocional e psicológica com a finalidade única e exclusiva de satisfazer, mesmo que inconscientemente, a figura masculina e o sistema capitalista.
Todos corpos são diferentes, todos seios são diferentes, nossas cores são diferentes, nossos sotaques são diferentes, nosso andar é diferente. Todos somos diferentes. Imitar, ridicularizar, promover certos padrões em detrimento de outros é puro preconceito.
O excesso de peso evidentemente pode ser fator de risco para várias doenças. a obesidade anda lado a lado com o Diabetes e as Doenças Cardiovasculares, como a Hipertensão. De fato o tecido adiposo em excesso é um verdadeiro tecido endócrino e, se concentrado principalmente no abdome, eleva consideravelmente nosso risco de morte prematura. A questão é como essa informação será veiculada e distorcida pelas pessoas, principalmente aquelas formadoras de opinião, com diversos seguidores por exemplo.
Se você tem um metabolsimo normal, exames normais, se alimenta bem, pratica atividades físicas, tem um padrão de saúde mental, você realmente acha que precisa emagrecer ou engordar mais? Realmente acha que precisa fazer um procedimento cirúrgico, pois, caso não o faça, estará se comprometendo muito psicologicamente? Se sim, siga em frente, mas cuidado com o auxílio profissional que você busca. Permita-se refletir sobre como os padrões são construídos e sobre como todos somos vítimas de uma lógica consumista desenfreada.
Cirurgias, injeções, hormônios, drogas não são brinquedo. Você pode ser feliz do seu jeito. Você pode se vestir como quiser. Você pode ser livre e feliz, sem que isso signifique agressão a si mesmo, a outras pessoas ou enriquecimento da indústria. Viver saudável custa tão pouco. Isso que tento mostrar diariamente nas redes sociais. Questione os padrões impostos pela mídia. Lute pela sua felicidade e pela sua saúde.
Dr. Carlos
Médico Clínico Geral
Especialista em Nutrologia Clínica
Certificado em Plant-Based Nutrition pela Cornell University
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https://drcarlosteotonio.com/2018/02/19/pressao-alta/
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